Terço significa uma das três partes do
Rosário (hoje não mais e sim a quarta parte devido o acréscimo dos Mistérios
luminosos). Rosário é um ramalhete ou um canteiro de rosas. Quando queremos
manifestar amor e carinho a alguém, não consideramos que a melhor forma seja
oferecendo-lhe flores?
Pois bem, Maria mãe de Jesus é a flor
universal e a ela se oferecem rosas através da oração. Cada "Pai
Nosso" e cada "Ave Maria", recitados com fé, são rosas
oferecidas à divina flor que é Maria.
A oração do terço teve sua origem no século
IX. Ela surgiu como alternativa à Liturgia das Horas criada pelos monges
irlandeses. Esta Liturgia compreende a recitação dos 150 salmos bíblicos em
diversos períodos do dia.
Um certo monge sugeriu aos fiéis que substituíssem
os salmos, difíceis de ser decorados, por 150 orações do "Pai Nosso".
Para contar as orações começaram a utilizar pedrinhas , depois passaram a usar
uma cordinha com um cento e meio de nós. Mais tarde enfiaram na cordinha
pedacinhos de madeira . Depois dividiram em três o número dos pedacinhos
colocados na cordinha, surgindo então o terço do rosário. Mais tarde foram
introduzidas, entre os "Pai Nossos", as orações da "Ave
Maria". Depois trocaram os "Pai Nossos" pelas "Ave
Marias". Em 1365 colocaram um "Pai Nosso" a cada 10 "Ave
Marias" e em 1470 introduziram pensamentos que deveriam ser recitados a
cada "Ave Maria".
Somente em 1700, São Luís Grignon de Monfort
escreveu meditações a serem pronunciadas antes de cada mistério.
Algumas pessoas não aprovam a oração do terço,
outras não gostam ou preferem outra maneira de conversar com Deus, mas uma
coisa não podemos negar: esta oração com certeza tem muita força, pois certas
práticas aparecem e desaparecem e esta forma simples tem permanecido bastante popular
por muitos anos. No mundo somente sobrevive o que é comprovadamente eficaz e a
oração do terço tem sido um instrumento importante e eficiente para muitas
pessoas que buscam a Deus no seu dia a dia.
História do Terço
A reza do terço tem origem no budismo. Era chamado de mala. Mala significa ‘guirlanda’ em sânscrito e deu origem ao rosário, ao Îphreng ba (rosário) / juzu (um número de contas) budista e ao terço da "igreja" católica romanista. A mala é um objeto importantíssimo e antiqüíssimo na história da ritualística religiosa indiana. Seu adepto mais notável é o Deus Shiva dos pagãos. Utilizada inicialmente no hinduísmo, uma das mais antigas religiões do mundo, com cerca de 5 mil anos, a mala foi prontamente absorvida pelo budismo e posteriormente pela Igreja Católica Romana. A mala é formada por uma sucessão de contas (‘bolinhas’) transpassadas por um fio e amarradas de forma circular; como o próprio nome em sânscrito sugere, no formato de uma guirlanda hindu. A mala é utilizada para calcular o número de mantras recitados. No caso do terço usado pela Igreja Católica Romana, é utilizada para calcular o número de rezas feitas.
Em 1328, segundo a lenda, Nossa Senhora apareceu a São Domingos, recomendando-lhe a reza do Rosário para a salvação do mundo.
Nasceu assim a devoção do Rosário, que
significa coroa de rosas oferecidas a Nossa Senhora.
Os promotores e também divulgadores desta
devoção foram os Dominicanos, que também criaram as Confrarias do Rosário.
O papa Dominicano Pio V animou vivamente a
prática da recitação do Rosário, que, em breve, se tornou a oração popular
predileta da cristandade. Esta devoção tem o privilégio de ter sido recomendada
por Nossa Senhora em Lourdes, na França, e em Fátima, Portugal, o que depõe em
favor de sua validade em todos os tempos.
O terço pode ser rezado individual ou
coletivamente. É uma das mais queridas devoções a Nossa Senhora. Aparecendo em
Fátima, ela pediu: "Meus filhos, rezem o terço todos os dias."
A festa de Nossa Senhora do Rosário foi instituída pelo papa Pio V, em 1571, quando se celebrava o aniversário da batalha naval de Lepanto. Segundo consta, os cristãos saíram vitoriosos porque invocaram o auxilio da Santa Mãe de Deus, rezando o rosário. A origem do terço é muito antiga. Remonta aos anacoretas orientais que usavam pedrinhas para contar suas orações vocais. O Venerável Beda sugerira aos irmãos leigos, pouco familiarizados com o Saltério latino, que se utilizassem de grãos enfiados em um barbante na recitação dos Pai-nossos e ave-marias. Segundo a lenda, em 1328 Nossa Senhora apareceu a São Domingos, recomendando-lhe a reza do rosário para a salvação do mundo. Rosário significa coroa de rosas oferecidas a Nossa Senhora. Os promotores e divulgadores da devoção do rosário no mundo inteiro foram os dominicanos. Somos hoje, portanto, convidados a meditar sobre os mistérios de Cristo Jesus, associando-nos como Maria Santíssima à encarnação, paixão e gloriosa ressurreição do Filho de Deus.
Nos primeiros séculos do cristianismo, os cristãos costumavam fazer suas orações durante o dia rezando os salmos da Bíblia. Depois, com o tempo, os salmos passaram a ser rezados só pelos padres e monges letrados. Motivo: só eles sabiam o latim, a língua na qual estavam escritos os salmos.
Os monges iletrados e o povo em geral não sabia mais esse idioma. Com isso, estes também não sabiam mais rezar os salmos. Aí alguém teve uma idéia. Em vez dos salmos, eles podem rezar Ave-Marias. Ora, os salmos são 150 ao todo. Isso dá 150 Ave-Marias. Cada Ave-Maria é como se fosse uma "rosa". E 150 "rosas" dá então um "rosário". Assim nasceu o rosário: 150 Ave-Marias (rosas) no lugar do conjunto de 150 salmos, ou saltério. Por isso que, na Idade Média, chegaram a chamar o Rosário de "Saltério de Nossa Senhora" ou também "Saltério Mariano". E a terça parte, 50 Ave-Marias, dá um terço do Rosário. Assim nasceu o terço, a maneira popular de celebrar o amor de Deus nas horas do dia, meditando os mistérios da nossa Redenção.
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