domingo, 18 de dezembro de 2011

Educação em Goiás: "Muito barulho por nada" ..


LUIZ DE AQUINO

"Muito barulho por nada" (*)

Divirto-me vendo jovens xingando-nos – a nós, os idosos – de velhos. Ninguém quer morrer… mas esses jovens, parece-me, querem viver muito e continuar jovens. Isso é tão impossível quanto uma mulher ficar meio grávida. Eu, particularmente, gosto muito da minha idade; sempre tive uma alegria enorme ao fazer aniversários e, assim, acumular informações que transformo em conhecimento. A isso, algumas pessoas chamam de experiências, e experiências podem ser as que nos são passadas (e que processamos) ou as que vivemos.

De todas as minhas experiências, orgulho-me, muito, das que adquiri no exercício dos trabalhos a que me dediquei, como profissional ou como amador. E ao longo da vida fiz-me, no início, cobrador de títulos, vendedor de livros em domicílios, bancário... E “escolei-me” para ser professor e jornalista, aprimorando o prazer de ler e escrever, de saber conversar e orientar os mais moços, tanto como professor quanto como pai, e como arauto dos fatos, na condição de jornalista em funções de repórter, fotógrafo e editor.

Ainda nos tempos de universitário e professor na rede estadual e escolas privadas, o salário “pró-labore” no Estado equivalia a 150% do salário-mínimo da época. Mais tarde, como jornalista, tínhamos um piso salarial equivalente a oito vezes a base salarial. Hoje, um professor é remunerado, na rede pública, com cerca de dois “mínimos”, ainda que, para ser professor, exijam o diploma de formação superior e aprovação em concurso público.

Por estes dias, o governo de Goiás anuncia, com muita pirotecnia (é uma metáfora, claro) que cumprirá o piso nacional para os professores – mas, em troca, revoga as gratificações por especializações e institui 10% a mais para quem tem Mestrado e 20% para os que têm Doutorado.

Eu li direito? Eu ouvi direito?

Estranho; estranho muito mesmo! Quanto custa, em prestações mensais, um Mestrado? E um Doutorado? (As maiúsculas são intencionais e dispensam explicações) E o custo pessoal, o tempo que se rouba do lazer e das obrigações familiares, não conta? Dois a três anos no Mestrado para acrescentar pouco mais de 130 reais no contracheque? Ou cerca de 250 pelos quatro a cinco anos de doutorado?

Estranho muito, também, as autoridades da Educação festejarem o fato de cumprirem a lei que manda pagar um piso. Deveriam cumprir isso silenciosamente – e sem cortar as gratificações existentes.

Festejam o fato de instituir-se em Goiás as eleições para diretores de unidades escolares. E falam em meritocracia – o que me parece antagônico. Nos distantes tempos dos diretores nomeados, havia, sim, indicações políticas, mas os diretores demonstravam competência ou perdiam o cargo. A eleição cria um clima de campanha em que (ninguém me contou; eu vi e ouvi!) professores candidatos disputavam os votos oferecendo benesses como a liberação dos uniformes – medida “conquistada” pelos alunos por medida equivocada de uma autoridade judiciária (isso acontece em quase todas as escolas públicas; menos nas da Polícia Militar) – até a tolerância do atraso em duas aulas. É uma nítida compra de voto não em espécie ou bens materiais, mas por uma intenção antecipada de prevaricação.

Piso salarial de pouco mais de 1.300 reais! Um disparate!... Festejar isso? Festejem coisas melhores – como a restauração da dignidade de escolas como o Lyceu de Goiânia (que deve voltar a ser integrado ao da Cidade de Goiás, respeitando a História), o Instituto de Educação (que, comenta-se por aí, já está sucateado e, a qualquer momento, será alienado para que ali se erga um grande condomínio residencial vertical, para que – aí, sim – as grandes construtoras festejem!), o José Carlos de Almeida (antigo Grupo Modelo, pioneiro na cidade) e o Pedro Gomes, de tantas glórias!

Devíamos festejar a instituição da jornada integral, tanto para alunos quanto para professores. Um piso salarial três vezes maior que isso, com jornada de 40 horas, numa só escola; aí o professor elaboraria projetos e planos, daria aulas, faria avaliações e correções e não precisaria ter dois ou mais empregos e, por seu poder aquisitivo, seria melhor situado na sociedade – ou seja, recuperaria o respeito que, antes, a sociedade brasileira dedicava aos mestres.

(*) Com licença, William Shakespeare...

domingo, 20 de novembro de 2011

ROTEIRO DE PALESTRA: O DIA DA CONSCIÊNCIA NEGRA



*      Por quê esse dia???
*      O que é mesmo consciência?
*      Somos conscientes no que fazemos?
*      Oliveira Silveira - poeta gaúcho (década de setenta) sugeriu que fosse 20/11 e não 13/05
*      1971 – o 20/11 foi celebrado pela 1ª vez
*      Zumbi dos palmares 300 anos depois 1995 (Herói Nacional).
*      Somos membros de um país de cultura afro.
*   Em 2003 foi aprovada a lei 10.639/2003 para que as escolas passassem a trabalhar a História e Cultura Afro-brasileira e comemorar o dia 20/11 como dia da Consciência Negra.
*      País escravista por mais de trezentos anos.
*      Em 1814, D. João VI proíbe o ajuntamento de negros.
*      Brasil 2º país em número de negros (fora da África é o 1º) - Nigéria tem 85 milhões.
*      Supervalorização dos personagens brancos.
*      Marcas visíveis da desigualdade.
*      Como mostrar a nossa cara se muitos querem esconder??????
*      Políticas públicas para todos os cidadãos pois temos 500 anos de culpa.
*      Criar possibilidades.
*      Somos alforriados sem liberdade?!
*      Pode não ter nada para comemorar, mas é preciso rememorar.
*      Importância da lei 12.288/10 estatuto da igualdade racial (tramitou por sete anos até ser aprovada).

   

terça-feira, 15 de novembro de 2011

A felicidade mora no lar - convivência familiar



A maior tragédia do mundo moderno é a destruição da família

"Os momentos mais felizes da minha vida foram aqueles, poucos, que pude passar em minha casa, no seio de minha família" (Tomas Jefferson, ex-presidente dos Estados Unidos da América).

A maior alegria é colhida na família, a cada dia. A realidade que mais nos aproxima da ideia do paraíso é o nosso lar. Um homem não pode deixar ao mundo uma herança melhor do que uma família bem criada.

Alguém disse que o mundo oferece aos homens e aos  pássaros mil lugares para pousar, mas apenas um ninho. Um homem que não for feliz no lar, dificilmente o será em outro lugar.

Até quando nos deixaremos enganar querendo ir buscar a felicidade tão longe, se ela está bem junto de nós? A família é o complemento de nós mesmos. Ela é a base da sociedade. Nela somos indivíduos reconhecidos e amados e não apenas um número, um RG, um CPF.

É no seio da família que cada pessoa faz a experiência própria do que seja amar e ser amado; sem o que jamais será feliz. Quando a família se destrói, a sociedade toda corre sério risco; é por isso que temos hoje tantos jovens delinquentes envolvidos nas drogas, na bebida e na violência. Muitos estão no mundo do crime porque não tiveram um lar.

Sem dúvida, a maior tragédia do mundo moderno é a destruição da família. As separações arrasam os casamentos e, consequentemente as famílias. Os filhos pagam o preço da separação dos pais; e eles mesmos sofrem com isso. Quando as famílias eram bem constituídas não eram tantos os jovens envolvidos com drogas, com a violência e com a depressão.

Mais do que nunca o mundo precisa de homens e mulheres dispostos a constituir famílias sólidas, edificadas pelo matrimônio, nas quais os esposos vivam a fidelidade conjugal e se dediquem de corpo e alma ao bem dos filhos. E é isso que dá felicidade ao homem e à mulher.

Infelizmente, uma mentalidade consumista, egoísta e comodista toma conta do mundo e das pessoas cada vez mais, impedindo-as de terem filhos e famílias sólidas.

A felicidade do lar está também no relacionamento saudável, fiel e amoroso dos esposos. Sem fidelidade conjugal a família não se sustenta. Essa fidelidade tem um alto preço de renúncia às tentações do mundo, mas produz a verdadeira felicidade. Marido e mulher precisam se amar de verdade e viver um para o outro, totalmente, sem se darem ao direito da menor aventura fora do lar. Isso seria traição ao outro, aos filhos e a Deus.

A felicidade tem um preço; e na família temos de pagar o preço da renúncia ao que é proibido. Não se permita a menor intimidade com outra pessoa que não seja o seu esposo ou sua esposa. Não brinque com fogo!

A grande ameaça à família hoje é a infidelidade conjugal; muitos maridos, e também esposas, traem os seus cônjuges e trazem para dentro do lar a infelicidade própria e a dos filhos. Saiba que isso não compensa jamais; não destrua em pouco tempo aquilo que foi construído em anos de luta. Se você destruir a sua família estará destruindo a sua felicidade.   

Marido e mulher precisam viver um para o outro e ambos para os filhos. A felicidade do casal pode ser muito grande, mas isso depende de que ambos vivam a promessa do amor conjugal. Amar é construir o outro; é ajudá-lo a crescer; é ajudá-lo a vencer os seus problemas. Amar é construir alguém querido com  o preço da  própria renúncia. Quem não está disposto a esse sacrifício nunca saberá o que é a felicidade de um lar.

13 de maio: Avanços simbólicos e reais na luta dos negros no Brasil



Victória A. P. Mantoan

O tema da luta dos negros no Brasil é fundamental. Estamos chegando ao 13 de Maio, comemoração do fim da escravatura no país. Pode-se desenvolver, a partir da própria data comemorativa, vários questionamentos a respeito da luta negra e do seu espaço dentro da sociedade brasileira. A simbologia de um dia em que foi definida a abolição da escravatura marca uma evolução social, mas não deixa de ser em si uma data simbólica.

Infelizmente a escravidão não teve seu fim pela percepção dos núcleos de poder da nossa sociedade de que os negros eram indivíduos e mereciam respeito e direitos iguais aos dos outros cidadãos. Ela acabou porque economicamente era muito mais interessante para a burguesia que vinha tomando o poder transformar essa mão-de-obra em assalariada e,  consequentemente, em mercado consumidor para a indústria que vinha surgindo.

Anos após esse impulso não tão bondoso, mas ainda assim significativo para os negros, seus descendentes são tidos como maioria no Brasil pela última pesquisa realizada pelo IBGE. Ou seja, a comunidade negra já ocupa uma parcela enorme da sociedade brasileira e, ainda assim, continua, em boa parte, numa situação periférica. Os brancos continuam a dominar o ambiente das grandes empresas e escritórios, das salas de aulas das universidades públicas e privadas e do corpo docente das melhores universidades do país. Qual o significado disso?

Continuamos a trabalhar com avanços simbólicos. Esquecemo-nos que estamos diante de uma herança sócio-cultural que subjuga o pobre e o negro, que muitas vezes são a mesma pessoa. Temos que reconhecer que muito foi feito para amenizar a diferença de direitos decorrente da cor, mas muito pouco avançou no sentido de passar essas mudanças para o cotidiano.

Hoje, é ilegal ter preconceitos contra os negros, não se pode deixar de empregar uma pessoa porque ela é negra, não se pode impedir que ela entre no seu restaurante pela sua cor, nem que ela namore sua filha; mas isso acontece. Talvez não com uma proibição direta, pode ser um preconceito mascarado, ou, até mesmo, um preconceito histórico, que nós, enquanto sociedade, ainda praticamos.

Nenhum projeto social conseguiu mudar a situação dos negros Não se conseguiu colocar uma maioria negra nas escolas, nas universidades, por conseqüência, muitos têm dificuldade de se inserir no mercado de trabalho de forma a receberem uma remuneração mais adequada e, logo, deixam de ter o acesso aos mesmos produtos e serviços que as elites econômicas têm.

As conquistas do movimento negro não devem, é claro, ser desvalorizadas, e são significativas, mas não se pode deixar de ver que o caminho ainda é muito longo e que a herança que nos foi deixada ainda é muito forte. Estamos vivendo de sucessivos “trezes” de Maio.

Victória A. P. Mantoan é estudante de Jornalismo.

As 10 maiores palavras do mundo




Será que você consegue falar todas elas?? será??

10º. Inconstitucionalissimamente (27 letras)
Sinônimo de anticonstitucionalissimamente

9º. Oftalmotorrinolaringologista (28 letras)
Profissional especializado nas doenças dos olhos, ouvidos, nariz e garganta

8º. Anticonstitucionalissimamente (29 letras)
Maior advérbio da língua portuguesa, significa o mais alto grau de inconstitucionalidade

7º. Monosialotetraesosilgangliosideo (32 letras)
Substância presente em medicamentos como o sinaxial e o sygen

6º. Hipopotomonstrosesquipedaliofobia (33 letras)
Doença psicológica que se caracteriza pelo medo irracional (ou fobia) de pronunciar palavras grandes ou complicadas

5º. Dimetilaminofenildimetilpirazolona (34 letras)
Substância ativa em vários comprimidos para dor de cabeça

4º. Tetrabrometacresolsulfonoftaleína (35 letras)
Termo específico da área de química

3º. Piperidinoetoxicarbometoxibenzofenona (37 letras)
Substância presente em medicamentos como o Baralgin

2º. Paraclorobenzilpirrolidinonetilbenzimidazol (43 letras)
Substância presente em medicamentos como o Ultraproct

1º. Pneumoultramicroscopicossilicovulcanoconiótico (46 letras)
Relativo a uma doença pulmonar aguda causada pela aspiração de cinzas vulcânicas

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