"Sua mãe e seus irmãos foram, se
detiveram fora e enviaram um recado chamando-o. As pessoas estavam sentadas em
torno dele e lhe dizem: 'Vê, tua mãe e teus irmãos estão fora e te procuram.'
Ele lhes respondeu: 'Quem é minha mãe e meus irmãos?' E olhando os que estavam
sentados em círculo ao redor dele, diz: 'Vede minha mãe e meus irmãos. Pois,
quem cumpre a vontade de meu Pai do céu, esse é meu irmão, irmã e mãe. (Mc 3, 31-35)
A família, no contexto da vida humana é sempre formadora, em todos os âmbitos. Na vida Igreja como um todo ela também não deixa de possuir esta missão. Mas o termo formadora podemos conceber a partir de dois modos: como constituidora ou como educadora. Uma compreensão não exclui de forma alguma a outra, mas fazemos este tipo de diferenciação por motivos pedagógicos. Vejamos o porquê.
A família é célula constituidora não
somente da Igreja, mas da sociedade como um todo, com todas os seus deveres e
direitos inerentes. Constitui para formar estruturalmente e organizar todo o
conjunto social.
A família é também possuidora da
missão de educar, formar, transmitir o plano formal das tradições de valores
básicos de vida pela capacidade e função primordial de relacionamento.
Mas este tema ao qual assumimos como trabalho desenvolver se desdobra na verdade, sob dois pontos importantes a serem esclarecidos: 1) a Família e 2) a Igreja. Partiremos do aspecto mais amplo e geral, a Igreja. E assim, precisamos explanar sobre a compreensão fundante. A Igreja, numa conceituação a partir dela mesma é sacramento universal da salvação e comunidade para o Reino. O Filho de Deus assumiu a condição humana para resgatar a humanidade. E o Cristo, através da estrutura social da Igreja Católica é o órgão de salvação para o mundo.
Mas este tema ao qual assumimos como trabalho desenvolver se desdobra na verdade, sob dois pontos importantes a serem esclarecidos: 1) a Família e 2) a Igreja. Partiremos do aspecto mais amplo e geral, a Igreja. E assim, precisamos explanar sobre a compreensão fundante. A Igreja, numa conceituação a partir dela mesma é sacramento universal da salvação e comunidade para o Reino. O Filho de Deus assumiu a condição humana para resgatar a humanidade. E o Cristo, através da estrutura social da Igreja Católica é o órgão de salvação para o mundo.
Para que possamos nos situar mais
claramente e sairmos de nossas compreensões universalistas demais, a Igreja não
constitui simplesmente uma organização universal concernente somente ao Papa e
seus cardeais, mas a Igreja deve ser compreendida e vivenciada a partir da
realidade da comunidade, ou seja, a Igreja é uma congregação local. A Igreja
não é católica se não for local, particular; mas a Igreja particular não é a
Igreja a menos que seja católica.
Pela celebração da palavra e da ceia
eucarística Cristo está presente na comunidade cúltica de modo real, pois está
assim presente a modo de membro principal do corpo, a cabeça, aquele que é o
chefe constituidor junto com seu povo (Mc 3, 31-35).
Aqui podemos explanar sobre a família. Mas antes façamos algumas antecipações. A família na verdade é uma pequena comunidade onde se difunde o relacionamento entre seus membros. A família deve ser pensada no conjunto da vida. Ela se liga à sociedade e se plasma a partir dela. No seu estruturar-se básico a família se organiza a partir da aliança, consangüinidade e da descendência. A aliança entre o homem e a mulher não é um simples acordo, contrato estabelecido (como se diz comumente), nem promessa somente, entretanto é profissão, pois o amor não é sentimento que se sente sem querer, mas é decisão existencial acima de tudo.
Aqui podemos explanar sobre a família. Mas antes façamos algumas antecipações. A família na verdade é uma pequena comunidade onde se difunde o relacionamento entre seus membros. A família deve ser pensada no conjunto da vida. Ela se liga à sociedade e se plasma a partir dela. No seu estruturar-se básico a família se organiza a partir da aliança, consangüinidade e da descendência. A aliança entre o homem e a mulher não é um simples acordo, contrato estabelecido (como se diz comumente), nem promessa somente, entretanto é profissão, pois o amor não é sentimento que se sente sem querer, mas é decisão existencial acima de tudo.
No seu bojo, a família possui uma
constituição humanizadora básica de dar sentido e direção às coisas. Como
conjunto de pessoas em relações de reprodução humana, ligadas por laços de
aliança, consangüinidade e descendência a família desempenha sua atuação na
produção também nas relações, sentidos e significados. O criar significação
desempenha no conjunto da vivência concreta uma natureza formadora do humano
que se efetua na relação. A família desempenha ainda funções básicas no nível
biológico, afetivo, educador, político e religioso. Não aprofundaremos nenhum
destes agora, mas isso é importante para ampliarmos nossa visão.
A autoridade, estabilidade e a
comunidade de vida no interior da família constituem a base para a liberdade,
segurança e fraternidade dentro da sociedade. A vida da família é treinamento
para a vida social. Na família vemos a obra criadora de Deus pela procriação.
As que vivem de acordo com a fé constituem uma comunidade de esperança e caridade
e são uma representação e realização específica da comunidade eclesial. Por
isso podemos denominá-la de Igreja doméstica, pois a família é a primeira
escola de vida cristã. Neste ínterim, a tradição no seio familiar é o organismo
vivo de transmissão de valores que depende dos mais velhos para difundirem aos
mais novos os valores daquela família específica.
Desse modo, o matrimônio foi
instituído como sacramento porque entendido como sinal da aliança eterna do
relacionamento vital de Deus com os homens, desde o ponto de vista bíblico,
onde vemos a constituição básica do verdadeiro relacionamento de fidelidade e
de amor profundo onde não vemos nada mais do que a essência da vida divina na
doação sem preocupações com reservas a si mesmo. O vigor da vivência de Deus é
nesse sentido união, doação e amor. Na família devem reinar todos estes valores
que são centrais, caso contrário encontraremos toda esta gama de problemas na
sociedade, esta que é espelho de como está a família na sua constituição
interna hoje. A família hoje, para ser formadora de Igreja precisa ser unida em
pontos centrais de sua vivência, tais como oração comum, atividades em comum,
transmissão de valores morais e de fé, as famílias devem também ser detentoras
de uma missão comum no seio da Igreja, missão que concerne a todos os cristãos
batizados. No seio da sociedade e da Igreja isso é de mdo mais do que natural
uma vitalidade de que nunca poderemos abrir mão. É no seio da casa que se dá o
início e a realidade da Igreja.
Referências: FUELLENBACH, John. Igreja,
comunidade para o Reino. São Paulo: Paulinas. 2006;
ANJOS, Márcio Fabri dos. Teologia
da Família e do Matrimônio. Anotações para uso dos alunos com
complementação em sala de aula. São Paulo: Itesp/Assunção. 2009.
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