Giovanni Melchior Bosco nasceu em
16 de agosto de 1815 em Becchi, perto de Turim, norte da Itália. Ficou órfão de
pai aos 2 anos de idade. Margarida, sua mãe, ensinou-lhe a ver Deus em tudo,
principalmente no rosto dos mais pobres. Aos 9 anos, teve um sonho que marcou a
sua vida. Um senhor majestoso e uma nobre senhora dão a dica: “Torna-te forte,
humilde e robusto. A seu tempo, tudo compreenderás. Aprende com os saltimbancos
dos circos ambulantes, dá espetáculo para seus colegas, conta-lhes histórias e
conquista-lhes o coração. Leva todo mundo para a Igreja”. Seu irmão Antônio,
que não gostava dele, não o deixa estudar. Assim, saiu de casa com 12 anos de
idade. Cuidava de bois na fazenda dos Moglia e estudava debaixo das árvores.
Voltou para casa apenas quando Antônio se casou. Entrou no seminário de Chieri.
Inteligente e dedicado, aprendeu ofícios de alfaiate, ferreiro, encadernador,
tipógrafo e outros.
Em 5 de junho de 1841, foi ordenado
sacerdote em meio à revolução industrial. Logo iniciou sua obra de educação de
crianças, por influência de São José Cafasso. Dedicou-se aos jovens abandonados
da cidade de Turim, “produtos da era da industrialização”, que então começava.
A realidade era dura para aqueles que haviam deixado o campo em direção à
cidade. O que mais chocava Dom Bosco eram as cadeias cheias de jovens. Essa
realidade o impressionava tanto que decidiu impedir que meninos tão jovens
acabassem na cadeia. Os párocos de Turim sentiam o problema, mas esperavam que
os garotos os procurassem na sacristia. Dom Bosco foi ao encontro deles na rua,
nos botequins onde trabalhavam. Em 1841, começou o Oratório de Dom Bosco, com
Bartolomeu Garelli, um oratório diferente dos outros. Em questão de meses, o
oratório tinha 80 jovens. Em 1847, Dom Bosco sentiu necessidade de recolher os
meninos em internatos-escola. Em 1853, Dom Bosco começou as escolas
profissionais. Neste meio, estão presentes as oficinas de alfaiate,
encadernação, marcenaria, tipografia e mecânica, respostas às necessidades da
época. Para mestres destas oficinas, Dom Bosco inventou um novo tipo de
religioso: o coadjutor salesiano. O internato do Oratório de Valdocco cresceu.
Em 1861, eram 800 meninos. Mamãe Margarida vendia objetos de estimação para
arranjar dinheiro. Alimentar e educar aqueles meninos custava muito. Em 1859,
Dom Bosco reuniu o primeiro grupo de jovens educadores no Oratório. Este grupo
deu origem à Congregação Salesiana. Dom Bosco, santo de ações rápidas, não
esperava pelo amanhã, começava logo. Naqueles tempos de fome e miséria não se
podia esperar muito. Dom Bosco e os salesianos sabiam que "era preciso
ensinar a pescar em vez de dar o peixe". Sabiam também que, em muitos
casos, era preciso dar o peixe para que o garoto tivesse condições de aprender
a pescar. Nos anos seguintes, Dom Bosco fundou e organizou a Congregação
Salesiana, o Instituto das Filhas de Maria Auxiliadora e os Cooperadores
Salesianos. Costruiu, em Turim, a Basílica de Nossa Senhora Auxiliadora, e
fundou 59 casas salesianas em 6 países. Abriu as missões na América Latina.
Publicou as Leituras Católicas para o
povo mais simples. Sobretudo, viveu o modo evangélico de educar através da
Razão, Religião e Carinho, que passa à história como referencial pedagógico
denominado Sistema Preventivo. A alguém que lhe lembra tudo o que fez,
responde: Eu não fiz nada. Foi Nossa Senhora quem tudo fez.
Morreu em 31 de janeiro de 1888, deixando esta
recomendação: “Amem-se como irmãos. Façam o bem a todos e o mal a ninguém. Digam a
meus jovens que os espero no paraíso”. Foi beatificado em 1929 e
canonizado por Pio XI em 1934
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