quinta-feira, 24 de abril de 2014

DIFERENÇAS ENTRE OS QUATRO EVANGELHOS


    
I – MATEUS
     Mateus, de fato, escreve para os judeus. No seu evangelho, Jesus é o Messias profetizado no Velho Testamento. Há 72 referências às profecias, sendo 43 verbais. De lugar em lugar, emprega a expressão: “Isto aconteceu para que se cumprisse...” Os fatos pincipais da vida de Jesus são por ele relacionados com o Velho Testamento. Na genealogia, Jesus é descendente de Abraão, o pai da raça hebreia.

II – MARCOS
     Marcos visa os gentios, os romanos. Não cita as profecias. Pelo menos não tem a preocupação de as citar. Jesus é, como bom romano, um homem de ação, de energia. Não tem tempo a perder. Logo na primeira página,o Herói já começa trabalhando, em pleno ministério. “E logo... e logo”, eis uma expressão usada 41 vezes no seu evangelho. Prático como os romanos, fala Jesus menos que age. O evagelho é lacônico* (*breve, sucinto): só tem 16 capítulos.

     III – LUCAS
     Lucas escreve para os gregos. O grego era a língua universal. Jesus é o Salvador de toda a humanidade. Ele não é descendente só de Abraão; é de Adão, o pai de toda a raça humana; é de Deus, o pai comum de todos [Lucas 3:8 – Produzi, pois, frutos dignos do arrependimento, e não comeceis a dizer entre vós mesmos: Temos por pai a Abraão; porque eu vos afirmo que destas pedras Deus pode suscitar* (*fazer nascer) filhos a Abraão]. (Lucas 19:10 – Porque o Filho do homem veio buscar e salvar o perdido) – eis a nota tônica* (*nota musical principal) do evangelho. Os gregos eram um povo intelectual: Lucas, que é médico e literato, emprega palavras clássicas. É um historiador meticuloso. Tece como que comentários filosóficos, procurando a razão das coisas. Seu estilo é animado e elegante.

     IV – JOÃO

     João olha para uma igreja organizada (Éfeso), em cujo seio aparecera germem de heresia, tendente a negar a divindade de Jesus. Por isso friza a encarnação do Verbo divino e eterno.

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