sexta-feira, 6 de janeiro de 2012

A ÁGUA NOSSA DE CADA DIA - Campos Belos Goiás

Luiz Marles

Estamos sendo condenados a viver com a escassez da água potável. E a vida do nosso planeta depende basicamente de dois fatores: Água e Sol. A água tem em grande quantidade, porém nem toda está disponível para o consumo humano. E por ser considerado um solvente universal ela e bastante utilizada. Não da para viver sem água. Com isso o que podemos fazer pelos rios da nossa cidade que antes eram tão bem utilizados? Como já está a nossa consciência em relação às desastrosas ações que praticamos junto a eles?                                                                                                
Temos em nossa consciência o peso enorme dos problemas que causamos. E é isso que faz com que 20% da população brasileira não tenha acesso a água potável, 50% das casas não têm coleta de esgoto. Assim, a saúde de todos fica comprometida, e se não tornarmos uma medida revolucionaria o problema agravara ainda mais, e em pouco tempo metade da população mundial estará sofrendo com  a escassez da água. Lembre-se a água é considerado um bem público, porém não está sendo tão pública como deveria, e o nosso país que detém uma riqueza hídrica invejável, também esta correndo um enorme risco pois as águas não se renovam é um ciclo contínuo.preservar e o que temos e o mais viável.
Em conseqüência do respeito para com a natureza estamos sendo aniquilados como resposta as nossas ações praticadas junto a ela. E, também, a limpeza de nosso corpo, de nossa casa e de nossas roupas. Além disso, ela tem participação numa atividade social extremamente sadia: o lazer. Quem não gosta de aproveitar um tempo de folga e em dias quentes ir a beira de um rio tomar um bom banho? Porém há necessidade de pensarmos sobre os nossos rios e sua conservação. O rio bezerra, por exemplo, tão útil e aproveitado por todos e está precisando da nossa ajuda. Pense no que você pode fazer por ele
Não podemos ficar desprovidos da proteção materna. Assim como os povos indígenas chamam a terra de mãe, nós também devemos ter esse mesmo apego para com ela, pois ao protegê-la seremos ao mesmo tempo abençoados e recompensados. No entanto o desperdício de água chega muitas vezes a doer mais do que uma queda. Por mais que tenhamos muita água em nossos reservatórios ela pode um dia faltar, pois é finita e urge um cuidado mais do que especial. Para muitos a conservação dos mananciais que temos é um fardo pesadíssimo, e o nosso corpo, que constituído de mais de 70% de líquido agradecerá se soubermos ter zelo por esse precioso recurso, haja vista que não somos os únicos que dependem da água. As plantas e outros animais também precisam dela para sobreviver. Esse e um dos motivos pelo qual temos de usá-la com consciência, pois não somos dono do planeta terra. Precisamos da ajuda de todos aqueles que desejam um mundo melhor a todos os seres que nele habitam. Os nossos rios estão praticamente secos estamos sendo inimigo do nosso bem-estar. Deus que ouve o lamento dos povos e sempre os atendem vem ao nosso encontro alertar-nos de que a água é um bem finito e que nossa face mostrará fraqueza não apenas de fome, mas também de sede.
A cada momento somos empurrados para um abismo cada vez maior, pois vivemos sob a cultura do capital e da economia de mercado capitalista. A tendência desse modo de produção é tornar água um meio de lucratividade. Assim só terá água potável o consumidor-pagador, quem não tiver condição ficará de fora, o que não e correto, visto que sendo um bem universal a água deve ser direito de todo cidadão e não simplesmente daqueles que detém poder aquisitivo maior. Esse é um processo de exclusão inicial e somos responsáveis para erradicá-lo antes que prolifere. Todos os dias milhões de litros de água potável são desperdiçados pelo país afora. A mesma que poderia esta sendo utilizada para muitas outras coisas: beber, cozinhar, lavar, banhar, e etc. é nesta crucificação devido à “crise de água”. Ela que é tão útil para o consumo humano, irrigação, obtenção de energia, navegação, pesca, indústria, lazer e turismo.
Por quase todos os lugares que passamos encontramos as margens dos rios desmatadas. Talvez aqueles que promovem tal destruição não estão conscientizados da importância de se preservar as matas para que a água continue abundante. Tudo isso porque como prevê a ONU, em 2050 faltara água potável para 40% da humanidade, outros especialistas têm um discurso ainda mais assombroso, onde afirmam que esse problema poderá ocorrer a partir de 2025. Precisamos de uma boa cobertura, tendo em vista que somos um dos seres mais frágeis do planeta. Muitas vezes agimos como verdadeiros assassinos da natureza. Uma vez que tínhamos rios que eram utilizados pela nossa população e hoje são esquecidos porque quisemos assim. Podemos ver a condição que se encontra o córrego ferreirinha, que divide o setor central do aeroporto. O córrego salobro e o bica salobro caíram num esquecimento e muitos não sabem onde são. De todos eles o que ainda tem um pouco de água e o córrego das almas, aquele que recebe todos os córregos da cidade, mesmo assim, não tem a qualidade que desejamos. Em suma matamos os nossos mananciais e aos poucos seremos também derrotados caso não façamos nada. É hora do poder publico perceber isso, e, também tomar uma posição favorável a conservação dos rios e da vida dos seus munícipes, ou seja, todos nos.
       Muitas lágrimas descem dos rostos daqueles que anseiam por um copo com água para beber e não encontram. Alguns lugares as pessoas tomam o esgoto para saciar-se. Aqui temos com fartura, talvez seja por isso a causa do desperdício e não nos comprometemos com a conservação dos nossos rios. Porém, não estamos fora desse risco de termos que tratar o esgoto para bebê-lo. Precisamos refletir e participar de corpo e de alma dessa campanha.
E preciso cuidado, solidariedade e responsabilidade para que nossos sonhos de dias melhores não sejam sepultados. Nem tudo esta perdido, devemos ter esperança, pois somos capazes de transformar essa caótica situação num momento de euforia e satisfação plena. Para que tudo isso ocorra depende de nos. Lutar para preservar, melhorando assim a qualidade da água que recebemos em nossas casas. No ensejo, e importante ressaltar que recebemos uma água que em termos de qualidade e uma das quatro melhores do estado apesar de não ter um sabor que agrada a todos.
Estamos caindo em nossa própria iniqüidade, causando enormes degradações aos leitos de vários rios. Quando em um passeio, nem sempre as pessoas preocupam em recolher o lixo lá produzido, e assim nesse ciclo que se repete agrava a cada dia. Tudo isso ocorre porque ainda não descobrimos alguns valores da água que precisam ser respeitados, tais como: o valor biológico: a água não e vida, mas sem ela a vida não existe; o valor social: uma sociedade só e saudável, harmônica em paz quando há água de qualidade para todos os cidadãos e o valor simbólico e espiritual: muitos povos e religiões utilizam a água como símbolo de seus ritos para falar do sagrado e de Deus. Precisamos reconhecer que mesmo sendo criaturas do século XXI, os elementos da natureza precisam ser reverenciados, pois dependemos deles e sabemos que são primordiais para a nossa vida. Aqui em nossa cidade, lugares que antes eram ricos em água estão secos e os córregos praticamente só têm o nome. Como por exemplo, o Córrego Buritis onde tínhamos bons lugares para tomar banho: Poção, Vinte e Dois, a Lajinha, o Poço dos Buritis e muitos outros lugares. No Setor Industrial, que às vezes atolávamos ate se estivéssemos de a pé, tem o Córrego Quineira, que não da para utilizá-lo como antes, pois acabamos com ele.
E é assim que segue. O que iremos fazer? A nossa ação revela nossa personalidade. Urge então uma tomada de posição.
                          
 
                                                                                                             

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