segunda-feira, 7 de junho de 2010

O MÊS DA BÍBLIA NESTE ANO DE 2010 NOS SOLICITA UMA REFLEXÃO SOBRE O LIVRO DE JONAS

JONAS, O ENVIADO DE DEUS
A história do profeta Jonas narrada na Bíblia, é descrita de uma forma literária belíssima, agradável e ao mesmo tempo suscitadora de uma grande curiosidade. Quem começa a lê-la deseja chegar logo ao fim, para saborear o desfecho feliz dos fatos e as alegrias da bondade e misericórdia de Deus, que trata com rigor suas criaturas e ao mesmo tempo tem para com elas amor e ternura, próprias de um pai que deseja somente o bem de seus filhos.
Neste ano teremos a oportunidade de refletir sobre esse texto, que relata uma história de amor. Amor de Deus pelas suas criaturas, das quais ele cuida com esmero, carinho e desejo de que sejam felizes nesta terra e possuam a vida eterna. Deus chama Jonas e o envia a anunciar aos ninivitas a destruição da cidade, se eles não se arrependerem de seu mau comportamento e se converterem à prática do bem.
Conta esta história, que Nínive, a capital da Assíria, não se distinguiu tanto pela cultura ou pelo comércio, mas por seu exército e por suas armas. Era um povo de famosos guerreiros que exerceram o poder com dureza e tirania, tanto que Nínive é lembrada na história como símbolo da cidade inimiga, por excelência. Para Jonas, a ordem de Deus, de ir pregar a conversão em Nínive, pareceu-lhe uma loucura, um absurdo. Ele teme e cai no desânimo! Como é possível que Deus dê uma ordem dessas? Então ele não conhece a maldade que reina nessa cidade? Quem sou eu para falar em conversão para esse povo? E decide não atender ao pedido absurdo de Deus.
Jonas pretendia fugir e, tomando um navio, partiu para Tarsis. A viagem, porém, tornou-se penosa, pois se levantou uma tormenta em alto mar, que ameaçava toda a embarcação. As ondas tornavam-se cada vez mais violentas e o navio estava em perigo. Os marinheiros esforçavam-se e chegaram até mesmo a atirar a carga do navio ao mar, a fim de aliviar a embarcação. E Jonas, onde está? Somente ele não participa do trabalho insano da tripulação, que já se dá por vencida, pois a tempestade não amaina. Ele dorme!
Diante da incapacidade humana de serenar a tempestade e de acalmar as ondas revoltas do mar em fúria, os marinheiros lançam a sorte para ver quem é o culpado de tamanha ira. Ela recai sobre Jonas. Interpelado, diz que está fugindo por não querer cumprir a ordem de Deus. Pede então, para ser atirado ao mar a fim de que se acalme. Assim os marinheiros fazem. A tempestade amaina e tudo volta ao normal.
Estamos diante de uma narrativa, é verdade, mas imaginemos o que passa pela cabeça de uma pessoa que sofre situação semelhante. O sofrimento é profundo e inesquecível! Temos aqui vários fatores a serem considerados. Deus tem um plano de salvação para os ninivitas. A fim de realizá-lo envia um mensageiro que deverá anunciar ao povo a destruição da cidade, se as pessoas não se arrependerem de seus pecados e não se converterem.
O mensageiro, porém, desafia o próprio Deus! Ele não concorda com tamanha bondade e misericórdia para com os ninivitas. Então foge, tomando o rumo inverso.
Jonas se comporta como um irresponsável. Não se preocupa com o que poderá acontecer com os moradores de Nínive, se ela for destruída. Simplesmente toma sua decisão e segue um caminho que o levará a outro destino. Agora está tranquilo com a própria consciência e bem acomodado. Tudo parece resolvido. Respira aliviado e... dorme!
Já pensamos quantas vezes desanimamos e fazemos o papel de Jonas na vida? Reclamamos quando é grande demais a tarefa que nos conferem? Enfrentamos com coragem os desafios que surgem na execução dos afazeres? Procuramos desculpas para desobrigar-nos de nossas responsabilidades?
Essas perguntas poderão levar-nos a sérias reflexões que nos ajudarão a perceber se pautamos nossa vida, nosso trabalho, nossas relações, nossos próprios sentimentos em convicções profundas que formam nosso caráter e equilíbrio, dotando-nos de uma personalidade única e inconfundível.

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