terça-feira, 19 de abril de 2016

A REPRODUÇÃO - resenha





RESENHA da obra A reprodução: Elementos para uma teoria do sistema de ensino Pierre BOURDIEU; Jean-Claude PASSERON, A reprodução: Elementos para uma teoria do sistema de ensino, (Tradução: Reynaldo Bairão e revisada por Pedro Benjamin Garcia e Ana Maria Baeta), Ed. Vozes 2ª edição 2009, 266 pp.

Bourdieu é filósofo e Passeron é sociólogo, e ambos lecionavam na École de Sociologie du Collège de France, instituição que o consagrou como um dos maiores intelectuais de seu tempo. Bourdieu e Passeron trabalhavam com as idéias de três pensadores que são considerados fundadores modernos da sociologia: E. Durkheim, Max Weber e Karl Marx. Os autores estão profundamente ligados à concepção do marxismo, capitalismo, luta de classes, entre outros. E Bourdieu discorre em sua obra “A Reprodução” alguns desses temas, principalmente o capitalismo e as classes sociais geradas pelo sistema. Existia na obra de E. Durkheim certa ambição em unificar os saberes das ciências humanas em torno da sociologia, e seguindo essa linha Bourdieu em suas obras faz uma síntese interativa entre o modelo de Durkheim e o estruturalismo, ao qual se conecta com a sociologia de Durkheim para desvendar o peso das estruturas sociais por trás das ações dos sujeitos, subentende-se aqui nessa extensão radical do modelo de Durkheim que os indivíduos estão submetidos ao controle das estruturas da sociedade. Para Bourdieu, a junção das teorias de Durkheim e do estruturalismo permite demonstrar como os indivíduos, em sua ação, apenas reproduzem os ditames determinados pela estrutura social vigente. Em 1970 Bourdieu e Passeron em parceria lançaram o livro “A REPRODUÇÃO”, ao qual defendem que toda ação pedagógica é, objetivamente, uma ação simbólica. Devem-se explicitar aqui os conceitos de violência simbólica, ao qual se define como imposição arbitraria que é apresentado àquele que sofre a violência de modo disfarçado e que oculta às relações de força que estão no topo da pirâmide do poder. Partindo-se desse principio a ação pedagógica, portanto é uma violência simbólica, pois é imposta por um poder arbitrário que eles chamam de arbítrio cultural. Bourdieu e Passeron viveram no século XX e iniciaram suas obras numa época de transição entre o período de guerras da primeira metade do século XX e o período das revoluções comportamentais e tecnológicas da segunda metade. Esta obra é composta de duas partes de acordo com a problemática elaborada pelos autores; I- Fundamentos de uma teoria da violência simbólica, e a segunda parte II- A manutenção da ordem.
Bourdieu e Passeron identificam e analisam profundamente a desigualdade na sociedade, não de forma genérica, mas nua e crua, e com todos os detalhes e motivos. Ele fala sobre ações e reações sociais de uma forma bem objetiva, sem rodeios. Na obra “A Reprodução” eles falam sobre a desigualdade de classes e a relacionam com a probabilidade de êxito em todos os campos da vida. Em suma, ele fala que o sistema elimina os fracos e não se preocupa mais em resgatá-los, não tem interesse algum em integra-los á sociedade, pois eles já passaram pelo que Bourdieu chama de estrutura de oportunidades. E ele insere a critica, falando que essa estrutura de oportunidades é extremamente desigual, e que a desigualdade existe, persiste e é legitimada quando os indivíduos passam a reproduzir a mesma, como num ciclo. Os autores trazem uma reflexão profunda sobre o sistema de ensino em vigor. Na época, eles escreveram sobre as universidades na França, mas lendo a obra você acredita e identifica situações que ainda ocorrem no nosso sistema atual, aqui no Brasil. Além da reflexão sobre a desigualdade do sistema de ensino, de conteúdos, de probabilidades de êxito escolar e profissional, os autores falam sobre ‘o exame’ no capítulo 3. E eles desenvolvem o tema, relacionando-o diretamente às estruturas de legitimação da desigualdade e descrevendo-o como uma ferramenta, um meio para que as desigualdades ocorram. Ele é ao mesmo tempo: a avaliação, a seleção, a probabilidade, o êxito e a exclusão do indivíduo.
A obra analisa e critica o modo de ver e pensar da escola francesa, e também define a mesma como “o espaço da reprodução social e um eficiente domínio de legitimação das desigualdades”. A escola é vista pelos autores como um local, uma instituição que reproduz a sociedade e seus valores e que efetiva e legaliza as desigualdades em todos os aspectos, pois é na escola que o legado econômico da família transforma-se em capital cultural.
Nos dois primeiros capítulos, os autores defendem a ideia de que a escola não é neutra, não é justa, não promove a igualdade de oportunidades, e também não transmite da mesma forma determinados conhecimentos, pois é a cultura da classe dominante, ideia essa oriunda da luta de classes do marxismo. A escola, ao tratar de maneira igual tanto em direitos quanto em deveres aqueles que são diferentes socialmente, acaba privilegiando os que por sua herança cultural já são privilegiados.
O terceiro capítulo da obra, chamado “eliminação e seleção”, descreve de forma crítica e analítica o exame na estrutura de ensino, sobretudo francês. É a partir deste pensamento que os autores começam a caracterizar o exame como um instrumento de seleção, classificação, e também a mostrar seu peso e valor no ambiente escolar. Para Bourdieu e Passeron, o exame estabelece uma definição social do conhecimento e da maneira de mostra-los, ou seja, padroniza respostas e reações relacionadas a determinados conteúdos e limita de certa forma, o conhecimento e as capacidades adquiridas e desenvolvidas ao longo dos anos. A escola utiliza o exame para selecionar os indivíduos tecnicamente mais competentes e os classifica desde os primeiros anos de vida escolar, colocando-os sob o status de nobreza escolar. Já aqueles originários de classes populares, muitas vezes são eliminados do sistema antes mesmo de serem examinados e avaliados, o que demonstra o quanto as desigualdades são poderosas e influentes no ingresso e êxito escolar do indivíduo.
Nesse ponto, os autores utilizam os termos “probabilidade de passagem e probabilidade de êxito”, para destacar o quanto as diferenças culturais podem agir na vida e no sucesso escolar de determinada pessoa. Aqueles que vieram ou passaram por uma estrutura social pobre em condições básicas de sobrevivência e informação de qualidade, tem chances menores de obter êxito escolar e ingressar no ensino superior. É uma visão cruel dos fatos tão bem discorrida pelos autores e presentes na realidade desigual do sistema de ensino brasileiro. Os que conseguem ultrapassar essa linha divisória rigorosa tendem a começar a reproduzir tudo aquilo que aprenderam no sistema social em que estavam inseridos e acabam, muitas vezes, recebendo o diploma sem ter desenvolvido as competências básicas exigidas pelo sistema escolar. O exame não pode ser reduzido a apenas um serviço ou uma prática escolar, pois ele determina a vida do sujeito em todos os aspectos, e sua extrema valorização é resultado do sistema de oportunidades em que a sociedade moderna está baseada. Uma falsa estrutura de igualdade social regida pela hierarquia dos êxitos escolares. Essa é uma critica sempre presente no decorrer dos capítulos da reprodução. Tal sistema de oportunidades é exposto pelos autores assim: “Eis porque a estrutura das oportunidades objetivas da ascensão pela Escola condiciona as disposições relativamente à Escola e à ascensão pela Escola, disposições que contribuem por sua vez de uma maneira determinante para definir as oportunidades de ter acesso à Escola, de aderir às suas normas e de nela ter êxito, e, por conseguinte as oportunidades de ascensão social”. (BOURDIEU E PASSERON, 1970 p. 190).
Como se percebe, os autores caracterizam a Escola e sua estrutura como uma oportunidade de ascensão social, ou um meio, um caminho para isso, e esse pensamento é decorrente da democratização do ensino e da elevação de diplomados com o tempo, que leva a escola a substituir progressivamente as desigualdades de acesso ao ensino pelas desigualdades de currículos para manter sua função social de reprodutora social. Com isso, pode-se observar que as escolhas de cursos e instituições de ensino passam a ser fortemente dependentes do poder e repletas de valores atribuídos socialmente graças ao capital e poder simbólico das instituições, agentes escolares e seus usuários. Neste âmbito, o que é valorizado não se restringe a apenas o quanto o indivíduo sabe ou estudou sobre determinado assunto, mas também onde e qual curso prestigiado pela sociedade cursou, efetivando mais uma vez as desigualdades, agora, de currículos. Desta maneira, a partir deste capítulo e da obra como um todo, Bourdieu e Passeron foram capazes, de demonstrar que as características sociais, culturais e políticas do sistema educacional francês, de fato, reproduziram as hierarquias existentes e as formas de dominação social, assim revelando o esvaziamento real das noções de igualdade propagadas por um sistema que seria democrático, e que a todos ofereceria tais oportunidades.
Por isso, o conceito de reprodução, na obra destes autores, é igualmente decisivo, pois permite compreender porque os indivíduos, envolvidos nos discursos e nas ideologias dominantes, contudo os autores acreditam que as chances existam para todos quando, de fato, as estruturas existentes e as práticas sociais que permeiam a estrutura social, ao contrário, apenas reproduzem a situação atual da sociedade, e o exame é um instrumento claro de perpetuação da contraposição entre igualdades e desigualdades no âmbito social.
O que podemos notar nessa obra é a sua atualidade, e sua contextualização com o sistema de ensino brasileiro, a sua ação pedagógica, a noção de classes vinda de Marx, sua objeção ao capitalismo consumista, sua realidade social e política tão bem exporta pelos autores, mostrando sem rodeios, à dura e cruel realidade da maioria dos sistemas de ensinos institucionais, com a realidade vivida pelas massas populares mais carentes. Lendo Bourdieu e Passeron percebe-se o quanto somos tratados como indigentes pelos poderes que regem a tão valorizada democracia, e o quanto temos que lutar contra essa agressão simbólica exercida pelas autoridades, e criar uma mente independente e criativa, ponderando com a realidade vivida e uma chance de crescimentos dentro de uma instituição acadêmica. Vamos á lutar pela igualdade, não essa que nos é apresentada como real, mas uma que ultrapasse os limites dessa dura realidade politica e social ao qual vivemos. Vamos colocar em pratica o que Marx pretendia: Uma revolução proletária, que poderá mudar o nosso rumo diante de perspectivas incertas e arbitrárias.

ELSON CASSIANO SOBRINHO Graduando de História 3º periodo



A Bíblia e Jesus!




1. Em Gênesis Jesus é: O nosso Criador (Gn 1) e A Semente da mulher. (3,15)
2. Em Êxodo Jesus é: O Cordeiro pascoal. (12,5-6)
3. Em Levítico Jesus é: O Sacrifício expiatório. (1,3-6)
4. Em Números Jesus é: A Rocha ferida. (20,11)
5. Em Deuteronômio Jesus é: O Grande Profeta de Deus. (18,15)
6. Em Josué Jesus é: O Príncipe do exército do Senhor. (5,14-15)
7. Em Juizes Jesus é: O Nosso Libertador. (2,16)
8. Em Rute Jesus é: O Nosso Parente. (2,1; 3:2)
9. Em I Samuel Jesus é: A nossa vitória. (17,47)
10. Em II Samuel Jesus é: O descendente de Davi. (7,11-13)
11. Em I Reis Jesus é: O doador da Sabedoria. (3,12; 4,29)
12. Em II Reis Jesus é: O Reis dos Reis. (11,9-21)
13. Em I Crônicas Jesus é: O Rei de Deus. (29,23-32)
14. Em II Crônicas Jesus é: O que faz aliança. (7,14)
15. Em Esdras Jesus é: O nosso auxilio, Senhor dos céus e da terra. (1,2)
16. Em Neemias Jesus é: O nosso ajudador (1,11)
17. Em Tobias Jesus é: O Caminho da verdade (1,2)
18. Em Judite
19. Em Ester Jesus é: O nosso Mardoqueu, sofredor. (3,5-6)
20. Em I Macabeus
21. Em II Macabeus
22. Em Jó Jesus é: O nosso Redentor vivo. (19,25)
23. Em Salmos Jesus é: O guarda de Israel. (121,4)
24. Em Provérbios Jesus é: A sabedoria de Deus. (8,12-35)
25. Em Eclesiastes Jesus é: O alvo verdadeiro. (12,1)
26. Em Cânticos Jesus é: O amado. (2,16)
27. Em Sabedoria
28. Em Eclesiástico Jesus é: A Raiz da sabedoria (1,6)
29. Em Isaías Jesus é: O profeta sofredor. (53,2-4)
30. Em Jeremias Jesus é: A nossa justiça. (33,16)
31. Em Lamentações Jesus é: O varão de Deus. (1,2; 3,1)
32. Em Baruc Jesus é: A Fonte da sabedoria (3,12)
33. Em Ezequiel Jesus é: O pregador mal recebido. (1,1 – 3,27)
34. Em Daniel Jesus é: O Rei Eterno. (2,24; 7,14)
35. Em Oséias Jesus é: O que liga as feridas. (14,4)
36. Em Joel Jesus é: O que habita em Sião. (3,17)
37. Em Amós Jesus é: O teu Deus ò Israel. (4,12)
38. Em Abdias Jesus é: O Senhor no seu Reino. (1,21)
39. Em Jonas Jesus é: O profeta ressuscitado. (1,17; 2,6)
40. Em Miquéias Jesus é: O nascido em Belém. (5,2)
41. Em Naum Jesus é: O que leva as boas novas. (1,15)
42. Em Habacuque Jesus é: O Senhor no Seu Santo Templo. (2,20)
43. Em Sofonias Jesus é: O Senhor que está no meio de ti. (3,17)
44. Em Ageu Jesus é: O Desejado de todas as Nações. (2,7)
45. Em Zacarias Jesus é: O Preço do Cordeiro. (11,12)
46. Em Malaquias Jesus é: O Sol da Justiça. (4,2)
47. Em Mateus Jesus é: O Rei Messias. (2,2)
48. Em Marcos Jesus é: O Servo de Deus. (1,11)
49. Em Lucas Jesus é: O Filho do homem. (19,10)
50. Em João Jesus é: O Filho de Deus. (19,7)
51. Em Atos Jesus é: O doador do Espírito Santo. (1,8)
52. Em Romanos Jesus é: Aquele que nos torna justo aos olhos da lei. (8,1-4)
53. Em I Coríntios Jesus é: As primícias dos que dormem. (15,20)
54. Em II Coríntios Jesus é: A graça de Deus. (12,9)
55. Em Gálatas Jesus é: O verdadeiro evangelho. (1,11-12)
56. Em Efésios Jesus é: Toda Armadura de Deus. (6,10-11)
57. Em Felipenses Jesus é: O que supre as necessidades. (4,13)
58. Em Colossenses Jesus é: O cabeça da Igreja. (1,18; 2,19)
59. Em I Tessalonicenses Jesus é: O vingador de todas as coisas. (4,6)
60. Em II Tessalonicenses Jesus é: O fiel protetor. (3,3)
61. Em I Timóteo Jesus é: O único mediador Entre Deus e os homens. (2,5)
62. Em II Timóteo Jesus é: O Senhor e Justo Juiz. (4,8)
63. Em Tito Jesus é: A graça Salvadora de Todos os homens. (2,11)
64. Em Filemon Jesus é: O Senhor que intercede por nós. (1,10)
65. Em Hebreus Jesus é: O Autor e consumador da fé. (12,2)
66. Em Tiago Jesus é: O dom perfeito vindo de Deus. (1:17)
67. Em I Pedro Jesus é: A pedra principal. (2,7)
68. Em II Pedro Jesus é: O Senhor e Salvador que nos concede a entrada no seu reino. (1,11)
69. Em I João Jesus é: Aquele que se manifestou para desfazer as obras do diabo. (3,8)
70. Em II João Jesus é: A fonte da verdadeira doutrina. (1,9)
71. Em III João Jesus é: O nome que garante a vitória. (1,7)
72. Em Judas Jesus é: O único Soberano e Senhor. (1,4)
73. Em Apocalipse Jesus é: O Rei dos Reis E Senhor dos Senhores Senhores. (19)

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